terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pequenos Gestores, Grandes Negócios

     A educação no Brasil vem respirando por aparelhos há tempos. São salas de aula desestruturadas, sem climatização, sem material e recursos didáticos adequados, e, principalmente, com professores desestimulados e estressados, devido aos baixos salários e assédio moral promovido por alguns gestores.
     Além desses problemas, a educação se transformou num espaço eleitoreiro, onde muitos diretores agem para divulgar dados mentirosos do sistema educacional de nosso país. Isso mesmo. As salas de aula viraram fábricas, onde a meta principal é a produtividade. São números. São elevados graus de aprovação, mesmo que tais alunos não estejam aptos a serem aprovados. Muitos não podem nem serem aprovados em exames de fezes, pois são verdadeiros analfabetos.
     Daí vão as perguntas. Por que os professores seguiram com esse aluno? Por que não o reprovaram para poder tentar recuperar algo que se perdeu na série anterior? Por que a escola permitiu isso?
     Doa a quem doer, o objetivo são elevados percentuais de aprovação. Se o aluno não comparece? Invente nota. Se o aluno não faz avaliações? Procure-o. Se o aluno tumultuar, não quiser estudar? Aguente, pois os pais de tais indivíduos são importantes eleitores.
     Nossos alunos já perceberam o paternalismo que é o sistema educacional. São tutelados pelo Estado para serem seus maiores divulgadores de números fantasiosos. Escolas com 80% e 90% de aprovação. Diretores pressionando professores para esses números elevarem. Essa é a realidade de nossa educação.
     A formação do cidadão, a responsabilidade, a qualidade da educação são deixadas de lado em prol de vultosos índices que enganam o telespectador e a sociedade. A mudança desse quadro é difícil. Diria que é impossível, pois requer um conjugado de situações.  
     Investimentos maciços na área, salários compatíveis com um profissional com ensino superior, recursos e materiais abundantes e mudança de postura das secretarias educacionais são medidas que urgem.
     Todos esses escândalos envolvendo morte de alunos e professores refletem o atual momento que vivem os trabalhadores da educação. Vivem temerosos e estressados. Muitos bons colegas já deixaram a área. Outros vão deixar ou já estão deixando. Os piores estão procurando as salas de aula, piorando a qualidade da formação de nossos jovens. Enquanto não houver boa vontade política, a situação tende a piorar, assim logo logo chegaremos à barbárie.

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